Se você quer viver sua vida de uma forma criativa, como um artista, você não pode olhar muito para trás. É preciso estar disposto a pegar tudo que você fez e tudo que você já foi e jogar fora.
Nascido em 1955, morto em 2011, Steve Jobs deixou um legado de inovações e exemplos de grandes ideias. Sempre reconhecido como uma das mentes mais criativas e influentes do mundo da tecnologia, o criador da Apple também é famoso por suas frases impactantes.
O histórico discurso para os formandos da Universidade de Stanford em 2005 trouxe grande parte das suas citações mais lembradas, como a clássica “Continue faminto, continue bobo” (“Stay hungry, stay foolish”). Este vídeo, só no canal oficial da universidade, já foi visto mais de 35 milhões de vezes. E por isso, vou colocar o link para você assistir, é só clicar aqui.
Sucesso, felicidade, dinheiro e inovação são alguns dos temas mais frequentemente analisados pelo criador do Apple (e muito mais) em entrevistas e pronunciamentos públicos.
Agora uma coisa que talvez você não saiba é que Steve Jobs não curtia que fossem faladas algumas palavras. E você vai concordar com ele.
Hoje, tudo na empresa que envolve publicidade ou estratégia é “marketing”, por pura falta de critério ou conhecimento. Agora, se você quer criar um modelo a se seguir, criar valor para sua marca seja percebida, adorada e consumida, isso sim é marketing. E ter um produto que seja consumido sem ver o preço e sim o valor, isso sim é desejo de marca. Quando o cliente compra ou consume o seu produto porque acredita que “vale”, aí sim estamos falando de um conceito importante em marketing. O Marketing pode ser encarado como uma troca justa, onde cliente e empresa saiam satisfeitos. E aqui “satisfeito” é a palavra-chave para representar o serviço prestado, as expectativas atendidas, valor adequado (mesmo quando você acha o iPhone caro, mas esquece que compra ele em Reais), e mesmo quando parece caro para outro público, para você que comprou e está satisfeito, o valor está dentro do que você acredita que “vale”.
Agora sim, vamos falar de uma peculiaridade de Steve Jobs. Um ex-vice-presidente de Comunicação e Marketing Internacional da Apple, Allison Johnson, contou ao mundo porque Jobs tinha sucesso com seus produtos. Steve Jobs sempre foi muito cuidadoso com seus produtos, muito mais do que todos imaginam. Ele não admitia, por exemplo, que se usasse o termo “marca” com seus clientes. Por que, para ele, os clientes ligam a palavra marca à anúncios e propagandas, e isso não agrega valor, sabe quando fica parecendo que estavam apenas querendo vender? Pois é, ele nunca quis apenas vender, sempre buscou entregar soluções. Parece algo bobo né? Mas, Marketing é realmente fazer as coisas terem sentidos e padrões a se seguir. E esse era um deles, Jobs queria uma relação verdadeira entre cliente e produto.
E, para ele, usar o conceito de Marketing era ainda mais prolixo, onde parece que o cliente apenas compra o produto. E não é só isso. Se você vende através da ótica de marketing, parece que perde-se a relação, que não recebe nada além do produto e que não houve uma troca ou aprendizado. Jobs tinha empatia pelos seus usuários, ele conseguia ver o termo marketing dessa forma, a forma como o cliente via. Então, decidiu que marketing não poderia ser só vender, teria que ter funcionalidade, solucionar problemas e ir do atendimento à necessidade. Para ele, isso é marketing. Mas, você não quer perder tempo ensinando seus clientes, né? Nem ele. Por isso, o segredo sempre foi manter os usuários contentes e satisfeitos. Pergunte para quem usa iPhone, se estão satisfeitos ?
As empresas devem relacionar as suas marcas à produtos e serviços que visam solucionar problemas, entregar benefícios que estão diretamente ligados às necessidades. Essa troca e satisfação é que fazem o cliente voltar. Toda vez que um cliente voltar ou elogiar uma marca, as vendas também serão impactadas.
Lembre-se: todos temos necessidades, empresas ou pessoas.
Então, porque não buscar a solução real e entregar tudo “como visto na tv” verdadeiramente? Satisfação total ou seu dinheiro de volta é enganação. Entregue o prometido ou reveja seu produto/serviço, ele deve ser funcional. E é por isso que ele estava certo em retirar estas palavras da Apple, pois só assim sua equipe venderia solução. Enquanto toda empresa quer saber de resultado, Steve Jobs queria o benefício. Enquanto o produto não entregasse o benefício, ele não disponibiliza à venda. Somente com o benefício o usuário pagaria o preço.
Se preocupe mais em ter uma empresa verdadeira. Não é à toa que a Polishop teve que se reinventar e parar com contos de fadas, os usuários evoluíram na percepção de benefícios reais. Quando você fala que sua empresa investe em tecnologia, acredite, não fique somente somente em computadores de última geração e processos. Tecnologia está relacionado em como ouvir melhor seu cliente, como resolver problemas dos seus clientes e entregar soluções práticas, com valor agregado e que possa ser consumido com um custo relativamente baixo.
E também não é à toa que a “marca” da Apple é uma das mais valiosas do mundo. Steve Jobs sempre soube que ali não tinha computadores e celulares para vender e sim soluções para seus clientes.
